Blog das 7friends4ever Adriana, Andréa, Denise, Gabi, Izabel, Larissa e Paty.

terça-feira, 27 de março de 2007

Rosas

Salve e buenas! Acho que todos aqui já ouviram falar das minhas roseiras. É verdade que nunca postei nenhuma imagem delas, talvez seja um pouco de ciúmes, mas acho que vou colocar uma imagem da roseira vemelha em breve. Não das flores, mas de seus galhos mesmo. Por que mostrar os galhos espinhosos quando há flores rubras de pétalas perfeitas? Porque eles cresceram de forma a procurar o sol, tal qual um girassol, mas um em especial faz uma curva que envolve qualquer um que se aproxime dele, como se abraçasse a pessoa.

E sempre que eu me aproximo, um vento leve sopra e o galho se aproxima mais, apertando o abraço. Os espinhos enroscam nas roupas e cabelos, às vezes arranham a pele. Um flor sempre nasce num galho que fica no meio da curva, no lado interno. Estrategicamente bem colocada. É impossível não se deixar envolver e entregar-se a este carinho.

Parece que fiquei louca, não? Afinal, a planta cresceu apenas em direção àquele que lhe fornece luz para que ela produza seu alimento. Então, por que só aquele galho em especial cresceu desta forma?

Eu sei que se trata de uma forma insana de se pensar, eu sei que é impossível uma planta retribuir todo o carinho que lhe é dado. Mas deixe-me me enganar. Quero acreditar que ela realmente está correspondendo ao meu amor.

Ela é a única que eu nunca podei aqui em casa. É certo que as outras não cresceram tanto, mal alcançam meu joelho, por isso dispensam a poda; mas a vermelha, ela cresce de modo a querer a alcançar as estrelas, continua a crescer e não pára. E nunca fica sem flores, de pequenos botões que mais parecem mini-rosas até flores que mais parecem de outro tipo, daquelas argentinas que não cabem na mão de tão grandes.

Percebo que não acompanho uma linha certa, começo a falar a cada hora de uma parte, a cada momento uma história diferente. Não vou me corrigir. São os pensamentos que surgem desta forma, portanto deixarei-os seguir seu curso.

Estava mexendo na minha pequena árvore (segundo o Rodrigo, ela é uma árvore), arrumando os galhos para que eles não vão para a rua e nenhuma criança queira arrancar alguma flor. Uma joaninha vôou e pousou na minha mão. Achei tão delicado e lembrei que meus anjos me disseram que, quando uma joaninha pousa em você, teremos sorte. E perguntei para o insetinho : "Hei, querida, você vai me trazer um pouquinho de sorte, é?". Ela foi embora voando. Que coisa, não? Será que ela sabe o peso desta responsabilidade? Ou será que ela achou engraçado e foi-se antes de começar a rir?

Está fazendo um dia tão bonito lá fora, um dia quente com brisa. Uma perfeita tarde de sábado. E eu aqui, no frio do interior da minha casa, escrevendo apenas para satisfazer estes dedinhos inquietos. O problema é que não satisfaço o meu pulmão, já que estou bem gripada e não consigo respirar direito com este frio-zinho, que contrai os vazos do corpo, dificultando a respiração já complicada.

Vou para o sol, olhar para Apolo, ver Hórpia, minha criação. É deixar-se levar demais por sua história quando você começa a chamar as coisas que já têm um nome pelo nome que você inventou para sua história? Com certeza! Mas quem disse que eu ligo, não? O importante é que eu sei que é impossível ele perder seu calor e não iluminar mais as minhas trevas se eu apenas chamá-lo de outro nome. "Uma rosa mudaria seu perfume se tivesse outro nome?" Não, jamais deixaria de ser uma rosa. Portanto, o sol não deixará de iluminar e aquecer se eu chamá-lo pelo nome que eu lhe dei. E assim também será com a lua, não é Nalin?

Desejo-lhes luzes eternas. Espero que aceitem, mesmo que venham de alguém que, aparentemente, tenha perdido a razão.

Nenhum comentário: